sexta-feira, abril 29, 2016

Retiro dos Açores - o início

Não costumo publicar os desenhos resultantes do retiro de diários gráficos e, quando o faço, escolho sempre apenas um ou dois. Desta vez, contudo, está-me mesmo a apetecer. Não sei se é porque o de Marrocos está aí mesmo à porta, mas a verdade é que não quero que fique tudo guardado na prateleira aqui de casa...



O primeiro exercício é sempre uma apresentação desenhada. O P. Nuno Branco sj, pegou num texto do profeta Isaías em que ele refletia sobre o seu destino e lançava esta pergunta bombástica: "quem meditou no seu destino?", referindo-se a ele próprio.
Fiz na mesma dupla página aquilo que sinto que me caracteriza neste momento: a rapidez de execução e a eficácia na resolução de milhares de tarefas que tenho sempre em mãos, mas também a calma e paciência que dedico a cada coisa que quero fazer sem ter nenhum critério especial, só porque sim. Daí desenhar calmamente uma pedra, procurando o rigor, o detalhe, a análise eficaz, por cima de um tema arquitectónico banal...


Depois peguei no aparo e no frasco de tinta da china para me lançar numa técnica nova, algo que acredito que também me caracteriza: gosto de me aventurar por coisas novas, sem medos nem receios, ainda que isso implique ir para o outro lado do mundo, ou casar com alguém que nasceu lá desse lado! :)


Este exercício terminava com um último desenho acompanhado de uma frase que nos tentasse definir em três características. Escrevi simples, dedicado e aprendiz. Sei que o sou e tinha de o escrever.

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