O diário deste dia:
Laisorolai, 04 de Agosto de 2009
Pois é! Hoje mudámos de localização... estamos perto das montanhas, com uma temperatura mais baixa. A cidade mais próxima é Baucau.
A viagem foi óptima! Excelente paisagem! Parte foi feita no truck (que por aqui se diz treck), com a cabeça ao vento e o Sol a queimar a pele.
O objectivo desta viagem é conhecer a terra do pai da Ketta. Acho que ele já não vinha cá há mais de 30 anos. Aqui fala-se o dialecto Makasai.
Visitámos alguns familiares e amigos e demos uma volta na aldeia. Quase chegámos a assistir a uma luta de galos, mas não chegou a acontecer.
...
Estou com um escladão terrível na cara e nos braços. Estamos hospedados numa casa humilde e os donos fizeram de tudo para termos as melhores condições (trouxeram um gerador para termos electricidade; tiveram carne à refeição; conseguimos pendurar as redes mosquiteiras), no entanto, as condições são, de facto, fracas... não sei se vou conseguir ir à casa de banho... hoje nem lavei os dentes... tenho os pés gelados e jantei e fiquei com fome...
Nada disto me assusta. É desafiante! Talvez seja assim porque sei que vou embora na quinta-feira...
A sensação de estar numa aldeola qualquer perdida no meio do nada reduz-me à minha insignificância. Aqui ninguém sabe quem sou, tudo funciona bem sem mim. Sinto-me fisicamente desprotegido, mas espiritualmente muito bem. É bom sentir que não estamos cá ao acaso... faz-nos superar todas as dificuldades!
Laisorolai, 04 de Agosto de 2009
Pois é! Hoje mudámos de localização... estamos perto das montanhas, com uma temperatura mais baixa. A cidade mais próxima é Baucau.
A viagem foi óptima! Excelente paisagem! Parte foi feita no truck (que por aqui se diz treck), com a cabeça ao vento e o Sol a queimar a pele.
O objectivo desta viagem é conhecer a terra do pai da Ketta. Acho que ele já não vinha cá há mais de 30 anos. Aqui fala-se o dialecto Makasai.
Visitámos alguns familiares e amigos e demos uma volta na aldeia. Quase chegámos a assistir a uma luta de galos, mas não chegou a acontecer.
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Estou com um escladão terrível na cara e nos braços. Estamos hospedados numa casa humilde e os donos fizeram de tudo para termos as melhores condições (trouxeram um gerador para termos electricidade; tiveram carne à refeição; conseguimos pendurar as redes mosquiteiras), no entanto, as condições são, de facto, fracas... não sei se vou conseguir ir à casa de banho... hoje nem lavei os dentes... tenho os pés gelados e jantei e fiquei com fome...
Nada disto me assusta. É desafiante! Talvez seja assim porque sei que vou embora na quinta-feira...
A sensação de estar numa aldeola qualquer perdida no meio do nada reduz-me à minha insignificância. Aqui ninguém sabe quem sou, tudo funciona bem sem mim. Sinto-me fisicamente desprotegido, mas espiritualmente muito bem. É bom sentir que não estamos cá ao acaso... faz-nos superar todas as dificuldades!
3 comentários:
Olá Mário! :)
Eu tento imaginar como deve ser estar num sítio assim... Onde com tão pouca coisa (materialmente falando), não temos com que nos distrair. Apenas com a própria vida... Acho que muitos de nós estamos a precisar de nos refugiar num lugar como esse!
Recebemos um mail da Irmã Anistalda, com um recado da Safi. Ficamos tão contentes...:)
Desta forma, ficamos a conhecer algures onde nunca vai ser possivel estar. Sigo com interesse estas representações, que infelizmente, agora, só de quando em quando tomamos contacto.
Olá Amnistisiados
É bom receber notícias da Safi não é?
Nem imaginam as saudades que tenho dela e de Empada.
O ritmo de publicação abrandou por aqui, fruto do imenso trabalho que me consome tempo e energia. O mestrado em Ensino está a fascinar-me cada vez mais, mas todo o entusiasmo com que me dedico faz com que não tenha tempo para tudo...
... por isso é que me sabe tão bem quando estou em locais como Laisorolai, do outro lado do planeta, longe de tudo e tão perto do que é essencial...
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Obrigado Zeta pelo comentário!
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