sexta-feira, maio 25, 2012

Fotografia: Coreia do Sul


Há mais ou menos dois anos, na Coreia do Sul, a gozar de uma linda lua de mel, a Ketta tirou-me esta fotografia.
São realmente dois mundos muito diferentes!

terça-feira, maio 22, 2012

Diário Gráfico: Itália

Não queria sair de Roma sem ver o Êxtase de St.ª Teresa, do Bernini.
Quando lá cheguei, fiquei meio atordoado e não o consegui desenhar. Estava alto de mais, sem luz e eu sem lugar confortável para me sentar. Andei ali às voltas e decidi nem arriscar...

... cá fora, um leão de pedra que deitava água pela boca, acabou por me prender o olhar e ali mesmo, de pé, desconfortável, acabei por desenhá-lo...

Há coisas que não são desenháveis. O Êxtase de St.ª Teresa é uma delas!

domingo, maio 13, 2012

Diário Gráfico: Portugal

Há coisas engraçadas...
Comecei a desenhar mais intensamente a Brompton depois de uma solicitação do representante da marca em Portugal.
Curiosamente esse trabalho continua na gaveta (a crise em Portugal faz com que se tenham as ideias mas não se consiga chegar à prática), mas o representante da Brompton na Áustria contactou-me porque gostou dos meus desenhos e já avançou com o trabalho. Utilizou-os na página oficial da Brompton na Áustria.

Talvez um dia, Portugal - país de tão grandes ideias e tantas dificuldades em executá-las, consiga ser mais eficiente...

segunda-feira, maio 07, 2012

Diário Gráfico: Itália

Há coisas que nos apaixonam sem sabermos porquê...
Comigo, o caso mais flagrante foi o ensino. Apaixonei-me por ele sem me dar conta do que estava a acontecer.
Hoje falei do que nos apaixona aos meus alunos... e há lá tantos que estão perdidamente apaixonados pelas Artes e ainda não sabem...

Uma das coisas que me fascina é a cor gasta das fachadas de edifícios antigos. Roma está cheia disto e quando tento desenhá-las, fico sempre com a sensação de que estou a léguas de distância da qualidade plástica que me atrai nelas...

... mas o que nos apaixona tem de ser mesmo assim, não é? Temos de estar sempre um bocadinho aquém do que verdadeiramente queremos fazer. Só assim nos mantemos motivados e apaixonados...

sábado, maio 05, 2012

Diário Gráfico: Itália


O coliseu tinha servido de imagem de divulgação do retiro de diários gráficos deste ano e as expectativas criadas foram muitas!

No dia do coliseu, começámos por dentro, ou seja, primeiro entrámos, desenhámos lá dentro e só depois é que saímos. Cá fora, o coliseu era para desenhar sem o desenhar. Curioso não é? E o tema era: "a tentação do desenho".

Uns dias depois, cedi à tentação...


Todos os meus desenhos do coliseu aqui.

quinta-feira, maio 03, 2012

Diário Gráfico: Itália

San Paulo fuori le mura
São Paulo fora de muros

Esta é uma das 4 basílicas de Roma.
O mais impressionante é o túmulo onde S. Paulo foi sepultado. Esse não consegui desenhar. Queria, mas não conseguia. Não sei o que me deu... acho que foi o peso da História. Tive de sair cá para fora e apanhar ar.
Sentei-me ali, mesmo em frente à escultura dele e lancei-me na aguarela. S. Paulo também se lançava assim em várias coisas. Arriscava. Era corajoso e defendia o que acreditava. Era dedicado e escrevia a quem tinha marcado.
Acho que nada o continha. Era uma força da Natureza...

O nome da basílica está bem atribuído. Ele tem de estar fora dos muros...

terça-feira, maio 01, 2012

Diário Gráfico: Itália

Como é sempre difícil iniciar, faço-o pelo fim a minha partilha dos dias que vivi em Roma.

Piazza della Boca della Verità é o nome desta zona. Da primeira vez que lá fui não sabia o que era nem o que representava. Queria desenhar, mas não sabia exactamente o quê. Acabei por entrar nesta capela da igreja grega-ortodoxa e percebi depois que é uma das mais antigas de Roma. À entrada fazem-se filas de pessoas para irem colocar a mão na tal "boca da verdade".
Eu não fiquei na fila.
Não porque não me interesse pela verdade, mas porque não queria perder tempo numa fila.
Fui-me embora e continuei a subir a rua até ao Circo Máximo.

Da segunda vez que lá fui, não havia nenhuma fila à porta, mas mesmo assim preferi a verdade do meu olhar a registar este ambiente de cor e texturas do que a verdade de uma boca de pedra. Sentei-me num relvado ao sol e estive ali uma boa hora a desenhar. Percebi a vida daquela praça. O movimento de turistas em contraste com o peso dos edifícios.
Quando olho para este desenho, lembro-me, sobretudo, do momento em que me levantei do chão para seguir viagem. Arrumei as coisas na mochila e senti as pernas dormentes. Subi novamente a rua, olhei de novo para aquela fachada e pensei: "Não preciso de estar na fila, levo-te comigo no meu caderno". E continuei a andar, com um sorriso estranho na cara...

O tema da verdade tem muito que se lhe diga. Quero usá-lo no próximo retiro de diários gráficos!