Quando, ainda em 2010, comecei a pensar no tema da minha tese de mestrado, foi duro encontrar o título, mas sabia o que queria: conciliar o desenho e a oração.
O primeiro título era outro, talvez mais beato, mas a minha orientadora da tese guiou-me até ao "espiritual no desenho", dadas as pontes mais fáceis de fazer com outros autores.
Contudo, a minha proposta não tinha nada que ver com o que já havia sobre o tema. O meu mote era transformar passagens bíblicas em exercícios de desenho de observação e não se encontrava nada sobre o assunto em lado nenhum. Fui falar com o P. Tolentino Mendonça e tivemos uma das conversas mais bonitas que me lembro. Ofereceu-se para ser meu co-orientador, mas o tempo e a alta ocupação dele não nos permitiram ir avançando juntos. Organizei, então, o primeiro retiro de diários gráficos, em Vila Viçosa, 2011. Era suposto ser só aquele, mas a aventura mostrou-se muito maior do que imaginava...
Agora, sete anos depois, e muitos retiros de diários gráficos organizados, alguns com o P. Nuno Branco sj, chegou-me uma surpresa à caixa de e-mail: um jesuíta e três companheiras vão pegar nos exercícios espirituais e propor que se desenhe a partir deles.
É curioso ver algo que iniciei a ser transformado, a ser pegado por outras pessoas que lhe vêem mérito e dão um novo rumo.
Eu por cá, continuarei a organizar, apenas, retiros de diários gráficos...
2 comentários:
Não há recompensa maior do que ver as sementes regadas a crescer.
Pois é!
Enviar um comentário