Para esta montagem de 3 fotografias vou transcrever em breve o que no dia 30 de Agosto escrevi no meu diário:
Foi a 30 de Agosto de 1999 que os timorenses votaram em referendo. O resultado foi esmagador: mais de 90% quiseram a independência!
Mal se soube os primeiros resultados, por volta de dia 4 de Setembro, a maioria dos habitantes de Díli fugiu para as montanhas com medo de represálias dos indonésios. Quem ficou acabou por sofrer e/ou morrer. São muitas as histórias...
Aqui em Balide, desta casa, fugiram para Dare cerca de vinte pessoas.
Foi isso que fizemos hoje. Seguimos o mesmo percurso que há 10 anos se fez, montanha acima. O caminho não é fácil e só de imaginar o peso que carregavam (panelas, comida, roupa, medicamentos, etc.), fico cansado...
No dia em que veio o Jaime Gama, o António Guterres, a Ana Gomes, entre outros, para as cerimónias oficiais aqui em Díli, eu e o resto da família fizemos o que tinha sentido fazer: deixar a cidade em direcção à montanha. A história é isto mesmo, é vivê-la, é sofrê-la! Foi um dia muito bonito.
Estive onde dormiram a primeira noite. Olhei para os espaços onde centenas de timorenses dormiram fugidos e amedrontados...
Passadas três ou quatro semanas do anúncio dos resultados, as pessoas começaram a regressar a casa. Tudo tinha sido saqueado e incendiado pelos indonésios, mas também pelos timorenses que tinham optado por ficar em Díli...
... tinha de se começar tudo do zero. Tudo mesmo: as casas, o país, as vidas...
Foi a 30 de Agosto de 1999 que os timorenses votaram em referendo. O resultado foi esmagador: mais de 90% quiseram a independência!
Mal se soube os primeiros resultados, por volta de dia 4 de Setembro, a maioria dos habitantes de Díli fugiu para as montanhas com medo de represálias dos indonésios. Quem ficou acabou por sofrer e/ou morrer. São muitas as histórias...
Aqui em Balide, desta casa, fugiram para Dare cerca de vinte pessoas.
Foi isso que fizemos hoje. Seguimos o mesmo percurso que há 10 anos se fez, montanha acima. O caminho não é fácil e só de imaginar o peso que carregavam (panelas, comida, roupa, medicamentos, etc.), fico cansado...
No dia em que veio o Jaime Gama, o António Guterres, a Ana Gomes, entre outros, para as cerimónias oficiais aqui em Díli, eu e o resto da família fizemos o que tinha sentido fazer: deixar a cidade em direcção à montanha. A história é isto mesmo, é vivê-la, é sofrê-la! Foi um dia muito bonito.
Estive onde dormiram a primeira noite. Olhei para os espaços onde centenas de timorenses dormiram fugidos e amedrontados...
Passadas três ou quatro semanas do anúncio dos resultados, as pessoas começaram a regressar a casa. Tudo tinha sido saqueado e incendiado pelos indonésios, mas também pelos timorenses que tinham optado por ficar em Díli...
... tinha de se começar tudo do zero. Tudo mesmo: as casas, o país, as vidas...
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