Da casa das irmãs franciscanas onde dormíamos, todas as vistas eram bonitas. Esta, da varanda da cozinha, foi-nos oferecida por elas, depois de verem os nossos cadernos.
Claro que o desenho não mostra a beleza do lugar, claro que não, mas isso não interessa nada. É como os actos. Nem sempre mostram a beleza da sua motivação.
Mas se da varanda se via a paisagem e outras varandas do casario que mostram a vida quotidiana de quem lá vive, no rés do chão, havia a capela mais antiga de Assis: a Chiesetta San Giacomo de Muro Rupto, datada de 1088.
Uma nave central com um transepto que mostra a antiga muralha da cidade (do lado esquerdo) e a capela das irmãs, do lado direito. A luz que entrava pelo vitral do altar mor era tão intensa que até doía.
Mais uma vez o desenho ficou aquém.
Ficamos sempre aquém, mesmo quando nos aproximamos muito.
Esse toque desejável leva-nos sempre a avançar, e é quando se avança que se percebe que se estava ainda com caminho por fazer...
4 comentários:
O desenho da vista da varanda está tão bonito. E, ao contrário do que dizes, deixa antever a beleza e a paz do lugar.
Obrigado Ana! Ainda bem que passa isso! ;)
Gosto muito do segundo desenho. Mostra mesmo um espaço de recolhimento e meditação. E com muita razão referes o ficar aquém. É mesmo o passo que nos faz querer mais. Belos textos a acompanhar as imagens. Abraço!
Obrigado, Henrique!
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