"Depois de muito hesitar, lá decidi entrar no templo Wat Trimitr.
Cem Baths para ter o bilhete de entrada, subi a escadaria e fiquei logo com vontade de desenhar a vista lá de cima, mas não perdi o foco que me tinha levado a entrar e procurei a entrada. Ali mesmo, percebi que era necessário tirar os sapatos pois só se pode entrar descalço. Assim fiz e, assim que entrei, encontrei um Buda dourado de uma escala enorme. Rodeavam-me várias pessoas - umas turistas, outras crentes - e eu percebia muito pouco dos rituais que ali assistia. Queria desenhar, mas nem sabia por onde começar. Sentei-me no chão, encostado à parede e fiquei ali um bom bocado de tempo de boca aberta sem saber por onde começar...
... iniciei pela arquitectura interior e terminei com o buda. Entretanto o telemóvel tocou: era a Ketta a chamar pois estavam todos à minha espera para almoçar. Não dei pelo tempo passar... saí, calcei-me e desci rapidamente do templo com o desenho inacabado..."
[transcrição do texto original do caderno]
2 comentários:
"de boca aberta sem saber por onde começar" deve ser a sensação que se têm quando se viaja pelo Oriente. Imagens que não costumamos ver e queremos desenhar. Os textos acompanham mesmo bem o desenho.
Gosto muito como ficou a "flag" no teu blog. Bem escolhido. Abraço.
Obrigado Henrique.
A Ásia é mesmo uma surpresa constante!
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