sábado, novembro 05, 2016

Hunting and Gathering with Fred Lynch

O Fred Lynch faz parte do Comité de Educação dos USk e é uma honra tê-lo na equipa.
Já há algum tempo que seguia os resultados do curso que ele faz em Viterbo, Itália, com os seus alunos do Monserrat College of Arts, a que chama: Drawing Viterbo.

No Simpósio de Manchester, o workshop dele foi um dos que queria mesmo fazer. Ele chamou-lhe Hunting and Gathering: sketching vignettes and lists.
Começou com uma pequena apresentação em sala, explicando o paralelismo entre o desenho de uma letra e o desenho seletivo que podemos fazer, dando especial atenção à escala e aos espaços vazios.


Saímos para a rua à caça destas pequenas vinhetas, tentando contar alguma história. 
Fui.
Começou a chover.
A Ea Ejersbo, amiga desde 2011, encontrou-me: 
- Do you have time? I need to talk to you.
- We can talk now if you want.
- No! After your sketch...
- After my sketch I will not have time.
Encharcados, ficámos a conversar sobre os USk, opiniões, sentimentos.
Voltei para a sala, para a partilha e crítica.
Não me safei mal, mas podia ter sido melhor.


Voltámos para a rua. Agora não para fazer pequenos desenhos rápidos, mas para escolher um tema e fazer a vinheta.
A Fernanda Vaz de Campos, que tinha ficado na sala a desenhar da janela, acompanhou-me.
No meio de tanto inglês, foi bom falar um pouco de Português.
Tirou-me esta fotografia.
Desta vez não choveu.
Voltámos para a sala.
Safei-me melhor.


Nova saída para a rua. Desta vez para escolher uma coleção.
Fui de novo com a Fernanda Vaz de Campos.
Os dois escolhemos janelas.
Devia ter alinhado as minhas por baixo...
Voltámos para a sala.
Grande feedback do Fred. Grande instrutor. Sabe do que fala. 
Descobri que é daltónico: color blind, como dizem os americanos. Cego para as cores, palavra que faz mais sentido do que daltonismo, embora esta faça honra a John Dalton, cientista inglês que descobriu, entre outras coisas, a anomalia da visão das cores.

E é isto o Simpósio: aprender, aprender, aprender!

3 comentários:

L.Frasco disse...

Mário, gostei imenso do relato. E da conclusão. :-)

Já agora, aqui as vinhetas é no sentido de "tumbnails", desenhos pequenos, não?
Se fosse no sentido BD teriam moldura, diria eu.

Mário Linhares disse...

Penso que o sentido de vinhetas que ele queria dar é mais o de um desenho isolado, como que a flutuar no ar, focado apenas do que se quer transmitir. O thumbnail seria um desenho de escala pequena, mas com toda a informação que se quisesse colocar (chão, céu, etc.).
;)

Henrique Vogado disse...

Gosto dos detalhes em toda a reportagem. Os desenhos, as conversas, os links. Belo trabalho Mário. E muito bom ver o pdf do Fred Lynch. Fiquei com a ideia que as vinhetas são como os pequenos desenhos que surgem na Literatura que complementam a prosa com um pequeno desenho que fica no branco da página escrita.