Eu e a Canon a sermos fotografados pelo olho da Ketta através de uma fisheye...
... quando olho para estas fotografias onde apareço não consigo perceber bem o que sinto...
Neste dia estava preocupado em fazer boas fotografias, mas toda aquela realidade me entusiasmava a viver além da lente. A menina que está perto de mim é a Cadijia (a filha da Sumai) e enquanto andei a fotografar ela andou sempre perto de mim, sempre a acompanhar-me. De repente começou a chover torrencialmente e fiquei com ela debaixo de um guarda-chuva pequeníssimo... só nos ríamos um do outro... ela fartava-se de rir com um sorriso fantástico e lindo de morrer...
Houve um momento em que peguei na enxada e ajudei um pouco a Sumai no trabalho da terra. As enxadas da Guiné são pequenas. O cabo tem uns 50 cm e obriga-nos a curvar as costas praticamente noventa graus.
Ao fundo a Fámata e a Norma estão a tirar as ervas daninhas para que os pés de cajú possam crescer. Também tirei algumas...
Este dia fez-me lembrar os meus avós paternos. Também tinham campos para cultivar e sempre que estava com eles era inevitável falar dos campos e do cultivo. Foram várias as vezes que fui ajudar a plantar milho e a cavar a terra...
... a vida dá mesmo muitas voltas...
... acho que quando me vejo nestas fotografias sinto-me altamente privilegiado por poder ter estado nestes sítios tão remotos... tão bonitos por transbordarem tanta simplicidade...
... sinto saudades...
... quando olho para estas fotografias onde apareço não consigo perceber bem o que sinto...
Neste dia estava preocupado em fazer boas fotografias, mas toda aquela realidade me entusiasmava a viver além da lente. A menina que está perto de mim é a Cadijia (a filha da Sumai) e enquanto andei a fotografar ela andou sempre perto de mim, sempre a acompanhar-me. De repente começou a chover torrencialmente e fiquei com ela debaixo de um guarda-chuva pequeníssimo... só nos ríamos um do outro... ela fartava-se de rir com um sorriso fantástico e lindo de morrer...
Houve um momento em que peguei na enxada e ajudei um pouco a Sumai no trabalho da terra. As enxadas da Guiné são pequenas. O cabo tem uns 50 cm e obriga-nos a curvar as costas praticamente noventa graus.
Ao fundo a Fámata e a Norma estão a tirar as ervas daninhas para que os pés de cajú possam crescer. Também tirei algumas...
Este dia fez-me lembrar os meus avós paternos. Também tinham campos para cultivar e sempre que estava com eles era inevitável falar dos campos e do cultivo. Foram várias as vezes que fui ajudar a plantar milho e a cavar a terra...
... a vida dá mesmo muitas voltas...
... acho que quando me vejo nestas fotografias sinto-me altamente privilegiado por poder ter estado nestes sítios tão remotos... tão bonitos por transbordarem tanta simplicidade...
... sinto saudades...
4 comentários:
É mesmo isso que sinto, quanto ao facto de achar que é um privilégio poder estar nestes locais, onde tudo é tão natural e puro, ausente de uma civilização egoísta e materialista.
Um desejo de um bom ano e que continue com este brilhante projecto!
privilegiado...
não há palavra melhor. =)
gosto imenso desta fotografia por te mostrar lá... nas outras estás sempre do outro lado da lente, e esta mostra como és visto, enquanto que as outras mostram o que e como vês.
adorei a parte da menina, vieram-me logo à cabeça imagens de ti debaixo de um guarda-chuva com ela e os dois a rir às gargalhadas. ela parece de facto ser muito delicada e uma fofura :P o à-vontade dela ao teu lado prende imenso o olhar...
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