No segundo dia levantei-me cedo: 7h00.
Noite tranquila porque os alunos rapazes dormiram sem barulho ou confusões. Pedimos-lhes que nos dessem os telemóveis para não ficarem ligados ao resto do mundo durante a noite e só um é que não acedeu. A proposta era difícil, mas valiosa: quantas vezes é que podemos viver a 100% esta experiência?
Nessa manhã fui às laudes.
É difícil descrever os sentimentos de estar numa capela sobreelevada na paisagem, com uma parede envidraçada do chão ao tecto e uma vista deslumbrante.
Entretanto, aos poucos, vão chegando os monges dominicanos. Às 8h00 começam as laudes todas cantadas...
É inspiradora esta forma de começar o dia, agradecendo tudo o que nos rodeia, toda a vida que temos e que não pedimos, apenas nos foi dada gratuitamente para podermos fazer dela maravilhas.
3 comentários:
Como gosto de ler as palavras que escreves, sobre esses momentos preciosos de silêncio, e do afastar das tecnologias e das mundanidades.
É bom poder fazer esses intervalos na nossa vida, que na cidade são quase impossíveis de praticar !
Espero, este ano, antes de começar a trabalhar na minha dissertação poder fazê-lo. Nem que seja só por um dia.
Boa estadia e até breve.
Belíssimo desenho, sobretudo pela capacidade de evidenciar o contraste entre o discurso e o resultado do trabalho de Corbusier.
Sim, pensar no peso visual e material que este edifício tem em contraste com a leveza sonora que se sente lá é algo verdadeiramente indescritível. Seja o som da natureza, o cantar dos monges ou o som do silêncio...
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