segunda-feira, abril 25, 2016

La Tourette em folhas soltas


Ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente o Kiah Kiean fez-me sair do caderno. Quem me conhece sabe que o desenho em cadernos é, para mim, quase como o ar que respiro, mas não há que ser obstinado com o assunto. Desenho é desenho e, se por um lado sabemos que no caderno as páginas são para guardar entre capas duras na prateleira lá de casa, também é verdade que as folhas soltas permitem ganhar escala e colocar os desenhos nas paredes lá de casa!

Com uma logística complicada (para mim, o lado mesmo mau de não usar o caderno), havia um desafio para fazer à lá KK: mostrar as características do edifício do Le Corbusier com vários desenhos numa mesma composição.

À noite, na secretária da minha cela, comecei a escrever sobre o que não conseguia entender na estrutura, mais especificamente, o claustro. Engraçado como essa escrita me levou o pensamento para conclusões que me pacificaram. Realmente há coisas que não podem ser desenhadas. Os pensamentos são uma delas. Só se for em forma de letras...

5 comentários:

Filipe Pinto disse...

E o resultado final é muuuuito bom.

Alexandra Baptista disse...

Grande página Mário e essa saída do caderno potencia o regresso... em grande força.

Pedro Loureiro disse...

Tudo vale quando o objectivo é desenhar :)
Bela viagem com lindissimos desenhos!

Mário Linhares disse...

Sim, é isso mesmo.
Mas também gostei de estar ali de roda das folhas soltas.

L.Frasco disse...

Que maravilha, Mário! Fico mesmo satisfeito com a oportunidade que tiveste de desenhar La Tourette.