Fruto da boa impressão que o nosso grupo deixou junto dos monges dominicanos, o Ir. Marc ofereceu-nos uma subida aos terraços do convento. Agradecemos, claro está, mas não tínhamos a noção do privilégio que nos estava a ser oferecido até a senhora da recepção nos ter dito que os monges só oferecem a ida aos terraços a quem eles querem e que é tão raro que acontece, no máximo, 5 vezes por ano!
A subida lá acima permitiu dar-nos conta de que o verdadeiro claustro dos monges é o terraço. É ali o espaço deles de meditação e comunicação. O claustro interior, esse, é uma obra de mestre do Le Corbusier: sendo este o único convento dominicano que está no meio da Natureza em vez da cidade, o claustro interior pretende mostrar o caos da cidade, avenidas, diferentes planos, para que os monges não se alheiem completamente do mundo que os rodeia. O claustro tradicional dos conventos inseridos na malha urbana procura ter a harmonia da Natureza através de elementos ajardinados e da presença da água.
A relação do convento com o espaço natural que o envolve é de grande proximidade a Nascente, intermédia a Sul e longínqua a Poente. As coberturas ajardinadas diminuem de forma gritante o impacto do edifício na paisagem. Visto daqui, tudo se dilui...
A visita ao terraço não deu tempo para mais do que dois desenhos rápidos: um é do mesmo ponto de vista da fotografia de cima, o outro é mesmo junto à chaminé do convento. O terceiro é já no caminho dos cavaleiros, a andar de costas em direção ao autocarro e a ver o convento cada vez mais pequeno...
No dia anterior à noite desenhei a porta de entrada na capela, num esboço mínimo, enquanto o Fr. Jean François nos mostrava a capela à noite e falava da cruz que se forma quando a porta se abre e cruz a janela horizontal ao fundo...
2 comentários:
Inspirador.
É que é mesmo um convento inspirador Filipe, acredita!
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