Voltando aos desenhos de Inglaterra.
Com uma semana em Lancaster, decidimos visitar um dos locais mais recomendados do Lake District National Park:
Windermere
O mais apreciado é a viagem de barco.
Os turistas são bastantes, o que torna a pequena vila algo agitada.
O frio era tanto que só apetecia beber chocolate quente, chá, croissants com chocolate... enfim, coisas quentes ou calóricas.
O barco era lindo para desenhar.
Fui lá fora, mas não aguentei o frio.
Escolhi a vista pela vidraça, embalada pela ondulação...
O bilhete dava direito a visitar um aquário.
Chegados ao destino, o aquário era uma desilusão.
Hora de almoço. Pedimos fish & chips. Outra desilusão.
Lição aprendida: tudo o que é montado para o turista é uma perda de tempo.
Vale-nos, a nós desenhadores, a possibilidade de desenharmos tudo o que nos rodeia.
Mas o estado de espírito também passa para os desenhos...
Regressados de barco, em terra firme, houve algum tempo para desenhar detalhes da pacata vila.
Chovia imenso.
As lojas de roupa em 2ª mão eram as melhores.
Comprei lá duas boinas.
Enquanto esperava que a Ketta, a Marisa e a Paula se despachassem das compras delas, eu e o Matias ficámos a desenhar...
A arquitectura inglesa tem um denominador comum.
Há uma imagem de marca.
Sabemos que estamos em Inglaterra quando olhamos para os telhados.
Comecei a desenhar.
Elas chegaram entretanto.
Apanhámos um táxi para a estação de comboio. A pronúncia dele era americana. Foi viver para ali e passou a ser taxista ali. Devia ter uns 30 anos. Antes de ter tempo para lhe perguntar: why?, chegámos à estação e o meu desenho inacabado passou a ser uma metáfora das vidas que dão uma volta e vão à procura de preencher os vazios noutros lugares...
De repente, uma viagem turística tornou-se uma oportunidade para ir ao encontro daquilo que verdadeiramente interessa.
O desenho ajuda nisso, pois claro, sobretudo se tiver sugestões em vez de ideias de bandeja...