domingo, junho 26, 2016

Viagem a Ataúro


Porto de Díli, 29 de agosto de 2015
Ir a Ataúro revelou-se uma verdadeira aventura! O barco partia às 9h, mas era preciso estar no porto às 7h para garantir lugar sentado. Havia tempo para desenhar, pensei eu... pois é, mas pelas 7h45 tive de ficar com o desenho inacabado. A entrada no barco foi caótica com todos a tentarem entrar ao mesmo tempo. 2h30 de viagem com muito fumo de gasóleo e um navio completamente sobrelotado de pessoas, carros, camiões, animais, cereais, algas, lenha, etc., etc., mas com a adrenalina de visitar um novo local pela primeira vez! Ataúro é mesmo muito isolado e era para lá que se enviavam os prisioneiros. Merecia uma visita bem mais prolongada para ficar com uma opinião mais estruturada.


Foi em Ataúro que conduzi, pela segunda vez, um carro com o volante do lado direito (a primeira foi também em Timor, mas numa viagem de Maubisse para Díli). Fomos conhecer o P. Chico, italiano a viver em Timor há décadas. Tudo rápido, sem tempo porque o barco partia dali a pouco tempo, mas com uma vontade enorme de não deixar escapar o momento.

A ilha de Ataúro despertou em mim a curiosidade. Timor desperta cada vez mais! Investiguei e encontrei este vídeo sobre uma reportagem que a RTP fez em 1975, logo após o confronto entre a Fretilin e a UDT, e uns meses antes da invasão militar indonésia, por uma equipa liderada pelo jornalista Adelino Gomes. Vale a pena ver!



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