O que gosto mais desta fotografia é a divisão horizontal que me faz lembrar a linha que divide o nosso mundo ao meio. Os países do Sul e os do Norte estão separados por uma linha imaginária que distingue a pobreza da riqueza. O que esta fotografia me mostra é que quanto mais espreitamos por entre essas duas linhas, mais descobrimos que afinal existem outros tipos de linhas que não são necessariamente horizontais, mas que se diluem umas nas outras, se cruzam e criam novas formas.
Tentar cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio não é uma tarefa tão simples ao ponto de se resumir a esbater uma linha horizontal. É antes uma encruzilhada de caminhos cheios de pedras onde tropeçamos, cruzamentos sem indicações, frio, vento e muito calor... mas é também um caminho de superação pessoal. É o descobrir que nos transcendemos quando o corpo físico se sente exausto...
O que esta fotografia me diz é que no meio de tanta burocracia e distracções visuais encontramos sempre algo de fascinante... a pessoa!
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The thing I like the most about this picture is the horizontal division which reminds me of the line that divides our world in two. Southern and Northern countries are separated by an imaginary line that distinguishes poverty from wealthiness. This picture shows that the more we peek between those two lines, the more we find out about the existence of other sorts of lines that aren't necessarily horizontal, which dilute themselves on one another, cross paths and create new shapes.
Trying to accomplish the Millennium Development Goals isn't an easy task as merely removing a horizontal line. It is in fact a crossroad of paths full of stones on which you trip over, with no indications, cold, wind and too much heat… but it is also a path of self overcoming. It is finding out that we transcend ourselves when our physical body is exhausted…
This picture tells me that even surrounded by so much bureaucracy and visual distractions we always manage to find something fascinating… the person itself!
1 comentário:
É certo que cumprir os objectivos do milénio é percorrer uma encruzilhada de caminhos cheios de pedras onde tropeçamos e temos dificuldades em superar e prosseguir. No entanto, tomemos como exemplo as mulheres que vão à pesca, os quilometros que percorrem, as feridas que eventualmente criam nos pés, os perigos a que estão sujeitas...mas no final conseguem alguma quantidade de peixe e o objectivo que inicialmente se propuseram é atingido.
Pois bem, as dificuldades só enriquecem o caminho que percorremos, se todos nós nos disposermos a superar os caminhos encruzilhados, tal como um labirinto, encontraremos uma saída sustentável.
Um dos grandes problemas da sociedade actual é que cada um de nós não acredita nas suas própias potencialidades, enquanto factor de intervenção. Acreditemos e conseguiremos!
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