O Ambuduco registado pela fantástica fisheye#2.
O Ambuduco é um senhor que passa a maior parte dos dias sentado num canapé em casa da Sábado e de Jaime (os pais da Helena). Talvez esta proximidade se deva ao facto de terem a mesma etnia - Bijagós. O peso cultural na Guiné é muito elevado. As pessoas quase não conseguem ter opinião própria, pois aquilo que é a tradição tem uma força que se impõe na maior parte dos casos à vontade própria ou ideias pessoais.
Em Empada, uma das etnias que consegue lidar melhor com isso são exactamente os Bijagós. Originários do arquipélago dos Bijagós, deixaram as ilhas à procura de uma vida melhor e isso permitiu-lhes ficar "livres" da imposição cultural da sua etnia. No meio da maioria étnica que são os Biafadas, os Bijagós de Empada não se sentem tão pressionados e conseguem tomar decisões que, na maioria das vezes, não são fruto da cultura, mas do seu discernimento pessoal.
Não quer isto dizer que a sua Cultura não os condicione, antes pelo contrário. Mas uma coisa é certa; a Cultura deve ajudar-nos a defenir quem somos, assim como nós ajudamos a definir e a transformar a Cultura. É uma relação recíproca. A Cultura constrói-nos e nós a ela. Quando esta relação se perde há sempre alguém que fica oprimido...
O Ambuduco é um senhor que passa a maior parte dos dias sentado num canapé em casa da Sábado e de Jaime (os pais da Helena). Talvez esta proximidade se deva ao facto de terem a mesma etnia - Bijagós. O peso cultural na Guiné é muito elevado. As pessoas quase não conseguem ter opinião própria, pois aquilo que é a tradição tem uma força que se impõe na maior parte dos casos à vontade própria ou ideias pessoais.
Em Empada, uma das etnias que consegue lidar melhor com isso são exactamente os Bijagós. Originários do arquipélago dos Bijagós, deixaram as ilhas à procura de uma vida melhor e isso permitiu-lhes ficar "livres" da imposição cultural da sua etnia. No meio da maioria étnica que são os Biafadas, os Bijagós de Empada não se sentem tão pressionados e conseguem tomar decisões que, na maioria das vezes, não são fruto da cultura, mas do seu discernimento pessoal.
Não quer isto dizer que a sua Cultura não os condicione, antes pelo contrário. Mas uma coisa é certa; a Cultura deve ajudar-nos a defenir quem somos, assim como nós ajudamos a definir e a transformar a Cultura. É uma relação recíproca. A Cultura constrói-nos e nós a ela. Quando esta relação se perde há sempre alguém que fica oprimido...
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