O Dr. Fernando Nobre disse-me que irá partir para o Zimbabwé a menos que a Palestina...
... estas reticências dizem tudo sobre ele, sobre o modo como está disponível para partir a qualquer momento para qualquer local... incrível!
Fiquei a pensar nas reticências que se seguem à palavra Palestina e decidi escrever sobre o herói da mitologia grega Narcíso a partir desta fotografia da Guiné.
Segundo a versão do poeta romano Ovídeo, Narcíso achava a sua beleza tão sem igual que pensava ser semelhante a um deus. Tal facto levou-o a rejeitar o que sentia por ele a bela ninfa chamada Eco, acabando esta por deixar-se enfraquecer de desgosto até morrer...
Para o castigar, a deusa Némesis condenou Narcíso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Ali, encantou-se de tal modo que acabou por morrer a contemplar a sua beleza...
Gosto muito deste pormenor: no dia do nascimento de Narcíso, um adivinho vaticinou-lhe vida longa, desde que jamais contemplasse a sua própria figura.
Segundo a RTP, os ataques israelitas na Faixa de Gaza já causaram pelo menos 450 mortos e cerca de 2500 feridos.
A fotografia que está acima mostra a água que as mulheres muçulmanas, animistas e cristãs de Empada recolheram para que os trabalhadores animistas, cristãos e muçulmanos pudessem construir o Jardim Infantil que irá servir toda a população.
Israelitas e Palestinianos estão, com certeza, embebidos de muito do espírito sobrevivente de Narcíso. Poderiam ter vida longa, desde que deixassem de se contemplar e passassem a olhar para as Ecos que os rodeiam e gritam para que lhes dêem ouvidos...
Bom, talvez existam apenas dois Narcísos na Terra Santa. Logo por azar estão um em cada lado e sobretudo, com o cargo errado, o de governar o país. Com todas as notícias que surgem, só posso confirmar que eles se pensam tão belos e poderosos como os deuses mitológicos...
Como é possível que se chegue a esta situação?
Definitivamente, para mim, as pessoas simples são belas como os deuses mitológicos porque se concentram no essencial da vida, mesmo que esse essencial seja, por vezes, ir buscar água numa vasilha, colocá-la à cabeça, caminhar quilómetros e, com grande esforço, contribuir numa pequena porção para a construção de algo que serve uma comunidade diversificada de pessoas!
E a beleza está no acto! Não no reflexo de quem o fez...
... estas reticências dizem tudo sobre ele, sobre o modo como está disponível para partir a qualquer momento para qualquer local... incrível!
Fiquei a pensar nas reticências que se seguem à palavra Palestina e decidi escrever sobre o herói da mitologia grega Narcíso a partir desta fotografia da Guiné.
Segundo a versão do poeta romano Ovídeo, Narcíso achava a sua beleza tão sem igual que pensava ser semelhante a um deus. Tal facto levou-o a rejeitar o que sentia por ele a bela ninfa chamada Eco, acabando esta por deixar-se enfraquecer de desgosto até morrer...
Para o castigar, a deusa Némesis condenou Narcíso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Ali, encantou-se de tal modo que acabou por morrer a contemplar a sua beleza...
Gosto muito deste pormenor: no dia do nascimento de Narcíso, um adivinho vaticinou-lhe vida longa, desde que jamais contemplasse a sua própria figura.
Segundo a RTP, os ataques israelitas na Faixa de Gaza já causaram pelo menos 450 mortos e cerca de 2500 feridos.
A fotografia que está acima mostra a água que as mulheres muçulmanas, animistas e cristãs de Empada recolheram para que os trabalhadores animistas, cristãos e muçulmanos pudessem construir o Jardim Infantil que irá servir toda a população.
Israelitas e Palestinianos estão, com certeza, embebidos de muito do espírito sobrevivente de Narcíso. Poderiam ter vida longa, desde que deixassem de se contemplar e passassem a olhar para as Ecos que os rodeiam e gritam para que lhes dêem ouvidos...
Bom, talvez existam apenas dois Narcísos na Terra Santa. Logo por azar estão um em cada lado e sobretudo, com o cargo errado, o de governar o país. Com todas as notícias que surgem, só posso confirmar que eles se pensam tão belos e poderosos como os deuses mitológicos...
Como é possível que se chegue a esta situação?
Definitivamente, para mim, as pessoas simples são belas como os deuses mitológicos porque se concentram no essencial da vida, mesmo que esse essencial seja, por vezes, ir buscar água numa vasilha, colocá-la à cabeça, caminhar quilómetros e, com grande esforço, contribuir numa pequena porção para a construção de algo que serve uma comunidade diversificada de pessoas!
E a beleza está no acto! Não no reflexo de quem o fez...
1 comentário:
Acho incompreensível que se sobreponham factores de cariz ideológico (ou outros) à própria vida.
Já está na altura de reflectir naquilo que realmente importa... Isto deixa-nos a pensar. O texto deixou-me a pensar...
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