Este foi o último templo que desenhei em Banguecoque. É um dos mais visitados da antiga capital da Tailândia (Ayutthaya).
O Pramote e a Shari ficaram a desenhar de longe, mas eu queria entrar e ver tudo de perto. Como sou um apaixonado pela história da humanidade, não conseguia deixar de ficar embasbacado com a construção a apontar para cima, os vestígios das esculturas, as marcas de uso...
... tudo me remetia para as pessoas que tinham usado este local e para nós que agora o visitamos e lhe damos um uso fugaz, efémero, com guias turísticos de bandeirinha no ar...
Sentei-me e comecei por uma perna de pedra que era o que restava de uma escultura à minha esquerda. A linha seguiu ligada às outras formas e, quando me ia dedicar à aguarela, descobri que o meu pincel com reservatório de água estava entupido. Sete anos com o mesmo pincel e foi logo entupir na Tailândia??
Tirei o outro pincel de aguarela, o velhinho que usei na faculdade (e que anda sempre comigo embora já o use muito pouco) e lá coloquei a cor. Os turistas passavam por mim aos magotes (muitos franceses) e todos ficavam pasmados por alguém estar ali a desenhar. Deslumbrados com o desenho (enfim...) só arredavam pé quando o guia-de-bandeira-na-mão os chamava....
Saí a correr à procura da Ketta e do Matias. Era a minha vez de ficar com ele para a Ketta conseguir desenhar. Novos tempos, novas logísticas, novos acordos, mas o mesmo entusiasmo e encanto pelas viagens!